11 de março de 2024

A indústria que não entrar no e-commerce vai ficar para trás?

Indústrias que atuam no modelo D2C não são tão novas como alguns podem pensar. A adoção dessa estratégia já acontece há mais de 20 anos, com a indústria de eletrônicos.

Contudo, sim, ela ganhou mais visibilidade durante a pandemia, de 2020 em diante. Esse fato aconteceu porque a indústria precisava ampliar suas operações para se manter financeiramente saudáveis. 

Essa foi uma medida essencial para preservar a competitividade no mercado, em um momento em que diversos negócios não estavam conseguindo se sustentar. No entanto, o resultado foi muito melhor do que o esperado, por isso, as indústrias continuaram investindo nesse modelo.

Para tornar as estratégias D2C possíveis, foi necessário expandir os canais de venda para outros meios, nesse caso, a Internet. A criação de e-commerces é fundamental para atender o consumidor final, assim como aumentar o volume de vendas. 

Portanto, a indústria que não entrar no e-commerce vai ficar para trás.

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Qual é o potencial do e-commerce?

As lojas virtuais são extremamente eficazes para alcançar novos públicos, porque não precisam lidar com barreiras geográficas para atender seus clientes, como acontece em lojas físicas.

Talvez, o principal obstáculo seja alcançar o público que se encontra em localidades rurais ou sem acesso à Internet. 

O interessante é que, apesar deste ser um público menor do que todo o restante, muitas empresas internacionais, principalmente da China, estão se empenhando para atender essas regiões. 

A estratégia se baseia em criar soluções para expandir as vendas de e-commerce nesses locais, assim como otimizar as operações de entrega/frete. 

Esse é um dos principais motivos que fizeram a China ser líder em faturamento pelo segundo ano consecutivo em 2023, representando um terço do mercado mundial, com US$ 2,2 trilhões.

No Brasil, podemos ver um crescimento expressivo nos últimos 10 anos. O faturamento do e-commerce saltou de R$ 31,4 bilhões para R$ 185,7 bilhões, de 2013 para 2023. Para 2024, a ABCOMM estima que o faturamento alcance R$ 205,11 bilhões.

Esse aumento se explica pela preferência dos consumidores brasileiros em realizar compras online. Esse hábito se intensificou durante a pandemia, já que grande parte da população vivia em isolamento social, e permaneceu até hoje.

De acordo com a pesquisa de E-commerce Trends 2024, realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, 85% dos brasileiros compram online pelo menos uma vez no mês e 62% dos brasileiros compram de 2 a 5 vezes por mês.

Veja e compare os dados dentro de um mês típico de compras online.

Compras online por mês no Brasil
Panorama geral: 85% compram pelo menos uma vez por mês:
• 62% compram de duas a cinco vezes por mês;
• 13% compram de 6 a 10 vezes por mês;
• 3% compram de 11 a 20 vezes por mês;
• 1% compra mais de 20 vezes por mês;
• 20% compram apenas 1 vez por mês.

Também podemos ver esses dados dentro de um cenário semanal:

Frequência de compra online pelos consumidores brasileiros
Porcentagem dos consumidores - Frequência
15% - menos de uma vez por mês
33% - uma vez por mês
23% - uma vez a cada duas semanas
17% - uma vez por semana
12% - várias vezes por semana

Outro dado de destaque que surgiu na pesquisa foi o local das compras online: 63% dos consumidores realizam compras em sites e e-commerces.

Além disso, 54% dos entrevistados da pesquisa responderam que pretendem aumentar a frequência de compras online

Esses números demonstram que ainda há muito espaço para os e-commerces crescerem dentro do Brasil, com muitas oportunidades de vendas para seu negócio realizar.

Como ter um e-commerce competitivo e lucrativo?

Apenas criar um e-commerce não é suficiente para obter um lucro significativo ou se manter à frente dos concorrentes. 

É necessário investir em marketing, software de controle de estoque, sistema de logística e fulfillment, atendimento ao cliente, segurança de dados e, claro, desenvolvimento e manutenção do e-commerce.

Há outro ponto também que as indústrias precisam entender e solucionar. Tradicionalmente, elas fazem parte de uma cadeia de distribuição, com distribuidoras e varejistas.

A compra direta pelo consumidor na indústria pode causar atritos com os parceiros, gerando concorrência direta. Por isso, é necessário que você utilize estratégias para manter as relações, sem perder oportunidades de vendas.

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Além disso, a indústria precisa conhecer seu público-alvo, para entender como pode atraí-los e fidelizá-los. Afinal, os consumidores querem benefícios por não realizarem compras em lojas físicas.

Superar as preferências de lojas físicas

A grande vantagem da loja física é que o consumidor faz sua compra e já sai com seu produto em mãos, na grande maioria dos casos. 

Inclusive, esse é o motivo de 57% dos consumidores realizarem compras em lojas físicas, de acordo com a pesquisa E-commerce Trends 2024. Dentre os entrevistados, 55% também afirmam que gostam de ver e tocar os produtos.

Por isso, é necessário que os e-commerces ofereçam benefícios que possam bater de frente com as vantagens que as lojas físicas oferecem.

De acordo com a mesma pesquisa, os consumidores realizam compras online por causa desses motivos:

  • Preços mais baixos do que em lojas físicas;
  • Praticidade de comprar sem sair de casa;
  • Promoções que só têm na Internet;
  • Facilidade para comparar preços;
  • Maior variedade de produtos do que me lojas físicas;
  • Formas de pagamento mais flexíveis.

Portanto, você deve utilizar estratégias no seu e-commerce que utilizem essas dores dos consumidores para ofertar suas vantagens, como:

  • Frete grátis;
  • Prazo de entrega reduzido;
  • Promoções;
  • Cupons de desconto;
  • Cashback.

Invista nos fatores que influenciam as compras

Há outros fatores que influenciam os consumidores a comprar em lojas virtuais, além dos que você viu acima, que são referentes à imagem da sua marca e à estrutura do seu e-commerce.

Hoje, especialmente dentro da Internet, as pessoas buscam agilidade. Quando migramos essa necessidade para dentro de uma plataforma de e-commerce, é esperado que o site carregue rápido, que o processo de compra seja fácil e que o prazo de entrega seja curto.

Os consumidores também gostam de olhar as descrições dos produtos, avaliações de outros clientes e sites de reputação e até mesmo recomendações de influenciadores.

Um dado muito interessante da pesquisa E-commerce Trends 2024 é que 34% dos consumidores preferem comprar em sites que já realizam uma compra anterior, porque já conhecem a reputação da marca e confiam nela e, claro, além de terem aprovado a qualidade do produto.

Todas essas questões são referentes à experiência de compra do cliente, que envolve planejamento, execução e monitoramento de toda a sua operação de vendas online.

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